Como ensinar gramática no ensino de inglês para neurodivergentes: estratégias eficazes e práticas
Descubra como tornar a gramática mais acessível no ensino de inglês para neurodivergentes com estratégias eficazes e embasadas.
Aline Oliveira
6/19/20255 min ler


Ensino de Gramática para Alunos com Dislexia e TDAH: Técnicas Multissensoriais e Guia Completo Passo a Passo
Você já percebeu que o ensino tradicional de gramática simplesmente não funciona para seu filho ou para você mesmo? Talvez a dificuldade não esteja na sua capacidade de aprender, mas na forma como esse conteúdo tem sido apresentado. Para alunos com dislexia e outras SpLDs (Specific Learning Difficulties – Dificuldades Específicas de Aprendizagem, como TDAH), o ensino de gramática em inglês exige uma abordagem muito mais cuidadosa e adaptada.
Neste artigo, você vai descobrir como ensino gramática para alunos com dislexia e TDAH usando estratégias baseadas em evidências científicas, com recursos multissensoriais e explicações claras. Se você está cansado de métodos que só frustram e desmotivam, continue lendo. Você vai entender que existe um caminho mais leve, eficiente e respeitoso, e que eu posso guiar esse processo.
Por que o ensino de gramática é desafiador para alunos com dislexia e TDAH?
A maioria dos métodos tradicionais pressupõe que o aluno conseguirá deduzir as regras da língua com base em exemplos. Isso pode até funcionar para alguns, mas para alunos com dislexia ou TDAH, esse caminho é muitas vezes frustrante. Segundo Schneider & Crombie (2003), o ensino explícito da gramática é fundamental. Em outras palavras: a regra precisa ser clara, direta e apresentada de forma prática e visual.
Alunos com dislexia têm dificuldade com abstrações linguísticas. Termos como "verbo", "objeto direto" ou "adjetivo" podem parecer confusos e pouco úteis. Já alunos com TDAH enfrentam desafios com a atenção sustentada e a organização de ideias, o que torna essencial que o conteúdo seja apresentado em etapas curtas e com alto engajamento.
Ensino de gramática passo a passo: do simples ao complexo
A base do meu método está na explicação direta e progressiva. Não adianta ensinar frases complexas se a estrutura "sujeito + verbo + complemento" ainda não está sólida. Tudo precisa ser construído em pequenas camadas:
Começamos com frases simples, como "I like apples", e vamos aumentando a complexidade.
Revisamos o que já foi aprendido antes de adicionar novos conteúdos.
Só introduzimos novas estruturas gramaticais quando as anteriores já estão automatizadas.
Por exemplo, antes de ensinar o Present Perfect, os alunos já dominam o Simple Past e sabem usar expressões de tempo com naturalidade.
Evitar sobrecarga cognitiva: foco é essencial no ensino de inglês para dislexia e TDAH
Alunos com dislexia e TDAH muitas vezes precisam focar em uma coisa de cada vez. Em aulas tradicionais, é comum ver atividades que exigem leitura, escrita, escolha de opções, interpretação e aplicação de regras gramaticais — tudo ao mesmo tempo. Isso gera sobrecarga e bloqueios.
Por isso, na fase inicial de prática gramatical, priorizo atividades orais. Isso reduz a carga cognitiva, permitindo que o foco esteja 100% na estrutura gramatical.
Para alunos com TDAH, também utilizo atividades curtas e dinâmicas, com instruções claras e poucos elementos visuais simultâneos, para evitar distrações.
Exemplo prático:
Ao ensinar o uso do Present Continuous, em vez de pedir que o aluno complete frases por escrito com "am/is/are + verb-ing", proponho atividades orais que possuem a gramática de forma implícita:
"What are you doing now?"
"Look at this picture. What is the boy doing?"
Técnicas multissensoriais para ensinar gramática a alunos com dislexia e TDAH
Você sabia que é possível ensinar gramática com blocos de montar? Para alunos com dislexia e TDAH, o uso de recursos visuais, táteis e auditivos faz toda a diferença. O ensino multissensorial é uma das abordagens mais eficazes para SpLDs.
Exemplos de aplicação:
Código de cores: vermelho para o sujeito, azul para o verbo e verde para o complemento. Assim, "She (vermelho) is eating (azul) an apple (verde)" vira uma imagem mental.
Blocos ou Cuisenaire rods: os alunos constroem frases fisicamente, compreendendo a ordem e a função das palavras.
Atividades com movimento: cada aluno recebe uma palavra e forma uma linha para criar frases. É uma forma divertida e eficaz de fixar estruturas.
Para alunos com TDAH, o movimento e o envolvimento físico nas tarefas ajudam a manter o foco e canalizar a energia de forma construtiva.
O que evitar ao ensinar gramática para alunos com dificuldades de aprendizagem
Algumas práticas comuns podem atrapalhar em vez de ajudar:
Exercícios de múltipla escolha: geram confusão, principalmente em alunos com dislexia ou TDAH.
Terminologia técnica desnecessária: prefiro usar linguagem simples, como "palavra que mostra a ação" em vez de "verbo auxiliar".
Atividades longas e repetitivas: especialmente desafiadoras para alunos com TDAH, que podem perder o foco com facilidade.
Como evoluir da prática controlada para a produção livre
Quando a estrutura gramatical está compreendida, passamos da prática guiada para a produção autônoma.
Etapas do ensino de gramática adaptado:
Prática oral controlada (repetição, substituição, perguntas e respostas simples)
Prática escrita simples (ordenação de frases, preenchimento de lacunas)
Produção com suporte (com modelos de frases)
Produção livre (fala ou escrita espontânea com base no que foi aprendido)
Planejamento e apoio para a produção livre
Evito pedir para o aluno usar estruturas novas em atividades complexas. Primeiro, ele planeja o que vai dizer com apoio visual, como mapas mentais ou modelos prontos. Assim, o foco permanece na gramática.
Essa estratégia é ainda mais importante para alunos com TDAH, que precisam de estrutura prévia para organizar ideias antes de produzir oralmente ou por escrito.
Objeções comuns: "Será que eu consigo aprender?"
Muitos pais e alunos me dizem: “Meu filho não consegue aprender inglês.” A verdade é que ele não teve acesso ao método certo. O ensino de gramática para alunos com dislexia e TDAH precisa ser adaptado — e quando isso acontece, os resultados aparecem.
Tenho alunos com dislexia que hoje escrevem textos curtos em inglês com clareza. Outros, com TDAH, conseguem usar diferentes tempos verbais em conversas reais, com confiança e fluência.
Como posso ajudar você ou seu filho?
Eu crio um plano de ensino individualizado, adaptado às dificuldades específicas de aprendizagem. Minhas aulas:
Usam explicações claras e objetivas
Avançam em etapas pequenas e seguras
Utilizam recursos multissensoriais
Respeitam o ritmo do aluno
Focam na comunicação real com apoio da gramática
Incluem estratégias específicas para alunos com TDAH e dislexia
Conclusão: Aprender inglês com dislexia e TDAH é possível — e transformador
Ensinar gramática para alunos com dislexia e TDAH não é apenas possível — é necessário e transformador. Quando respeitamos o modo como cada cérebro aprende, facilitamos a aquisição da língua e devolvemos ao aluno a confiança em si mesmo.
Se você ou seu filho têm dificuldades específicas de aprendizagem e precisam aprender inglês de forma eficaz e respeitosa, estou aqui para ajudar. Vamos juntos construir esse caminho.
Entre em contato comigo para uma conversa inicial sem compromisso. Você vai ver que aprender inglês pode ser, sim, uma experiência positiva e possível.